Hoje, ao publicar este post, procurei destacar as transformações pelas quais nosso município tem passado desde a sua criação até os nossos dias. Muita coisa mudou e muito ainda há para ser transformado nos próximos anos. A começar pelas condições de vida da população, que em geral, melhoraram, e muito!!!
De uma forma simplória, poderemos começar observando as fachadas das casas do centro da cidade, onde são raríssimos os exemplares que se possa comparar com aquelas de 1963/64, ano em que se fez as fotografias mais antigas que este blogeiro dispõe em seus arquivos pessoais. Isto é o mais perceptível reflexo da melhoria das condições de vida da população.
Arara em 1964: Rua Hermes Lira, em frente ao Grupo Escolar Anésio Deodônio Moreno.
Arara hoje: Rua Hermes Lira, em frente ao Grupo Escolar Anésio Deodônio Moreno.
Arara em 1964: Inauguração da Praça Pedro Gondim (original), ao fundo a torre da igreja matriz.
Arara hoje: Praça Pedro Gondim. A 'original de 1964' não parecia muito mais elegante?
Arara em 1964: Rua Padre Ibiapina em frente ao canteiro central. Ao fundo o 'carrocel' do parque de diversões de Pedro Leonardo.
Arara hoje: Rua Padre Ibiapina em frente aos quisques do canteiro central.
Arara em 1963: Rua Solon de Lucena, no primeiro plano da fotografia, observa-se a bodega de Geraldo Neco e a farmácia de Zé Bigode.
Arara hoje: Rua Solon de Lucena, no primeiro plano observa-se a bodega de 'Val de Geraldo Neco', pouco mudou na fachada da bodega, enquanto a farmácia já não mais existe.
Arara em 1963: Rua Solon de Lucena, no primeiro plano da fotografia, observa-se a construção do canteiro central e o caminhão de João Medeiros, quando aqui os veículos eram muito raros.
Arara hoje: Rua Solon de Lucena. Até parece que o canteiro central continua do mesmo jeito?
Arara em 1963: antiga Trav. Solon de Lucena, atual Rua Candido Pinheiro de Abreu, pavimentada em paralelepípedo, mesmo não tendo nenhum morador.
Arara hoje: Rua Cândido Pinheiro de Abreu, agora já existem duas famílias morando aqui!
Arara em 1964: Rua Hermes Lira, com uma casa ainda sendo construída.
Arara hoje: Rua Hermes Lira, apenas duas casas apresentam a mesma fachada daquela época.
Arara em 1963: Rua Gama Rosa, no primeiro plano da imagem, a bomba de gasolina de Luiz Duarte e ao fundo a paisagem era bem mais agradável do que hoje.
Arara hoje: Rua Gama Rosa com seu esqueleto de aço para servir aos interesses de uma empresa privada de telefonia.
Arara hoje: Rua Gama Rosa, onde estão as indispensáveis 'antenas de rádio' e as 'faxinas de aveloz'?
Arara em 1963: antiga Trav. Epitácio Pessoa, atual Rua Joaquim Candido do Nascimento, a casa situada à direita da imagem, foi demolida pelo poder público em 1999, para alargamento da rua.
Arara hoje: início da Rua Joaquim Cândido do Nascimento, da imagem original, só restou a fachada do antigo armazém de Zé Neném.
Arara em 1964: Canteiro central da Rua Epitácio Pessoa. No segundo plano da fotografia, observa-se a estrada que dá acesso a Casserengue.
Arara hoje: Canteiro Central da Rua Epitácio Pessoa, tomado por algarobeiras mal cuidadas, mototaxistas e até uma indefectível barraca-lanchonete.
Arara em 1963: Construção da Praça Pedro Gondim
Arara hoje: Praça Pedro Gondim passa por uma reforma que já dura três anos, sem previsão para ser concluída.
Arara em 1963: Fachada do Cemitério São Miguel, no segundo plano da imagem, observa-se que ainda existia vegetação original de caatinga no sítio serrão.
Arara hoje: Fachada do Cemitério São Miguel, os únicos arbustos que se vê são os figos africanos plantados pelo coveiro Edésio Bezerra na calçada do cemitério.
O recenseamento geral é uma pesquisa realizada a cada 10 anos em todos os domicílios do país, sendo o mais fiel “retrato instantâneo” das condições de vida de todos os brasileiros, e dessa forma, Arara também entreou nessa "fotografia" obtida em 01 de agosto de 2010. Até aquele dia, em nosso município já existiam 125 pessoas com mais de 90 anos de idade, sendo 52 homens e 73 mulheres. Apenas a título de curiosidade, em relação aos homens nonagenários, temos a mesma quantidade que Solânea, embora a nossa população seja menos da metade dos solanenses. Ainda para efeitos de comparação, Arara tinha daquela data, 12.653 habitantes, enquanto Solânea já tinha 26.693 pessoas residentes no seu território; Remígio 17.581 pessoas; Casserengue 7.058 moradores e a nossa madrasta Serraria tinha apenas 6.238 cidadãos 'cosmopolitas', vivendo na terra-mãe.
Especificamente com relação às madames, na mesma data contávamos com 73 mulheres que viveram mais de 90 anos e destas 2 são centenárias. Por outro lado, com relação aos recém-nascidos, as famílias ararenses ganharam a companhia de 100 meninos e 104 meninas no período de agosto de 2009 a julho de 2010. Ao contrário de Solânea, que no mesmo período nasceram 225 homens e apenas 176 mulheres, em Arara, nasceram mais mulheres do que homens, inclusive, esta tendência se repete na cidade, onde temos 628 mulheres “sobrando” em relação ao número de marmanjos.
Entretanto, como nem tudo é o que parece... Aqui fica um aviso aos “navegantes” que buscam um casamento auspicioso nesta cidade. Essa “fartura de mulheres” não significa, necessariamente, que estejam sobrando mulheres em todas as prateleiras da pirâmide etária. Aqui em Arara, os “machos alfas”, devem ficar de prontidão aguardando a vez para encontrar uma “alma gêmea“, considerando que na idade núbil (entre 15 aos 34 anos) temos 1996 homens e apenas 1949 mulheres, portanto estamos com um déficit de 47 “princesinhas” em relação ao número de “sapos”. Logo, a famosa “sobra” de mulheres em nossa terrinha está concentrada nas prateleiras da faixa etária infanto-juvenil, na superior aos 35 anos, e, principalmente, na terceira idade.
A explicação para essa queda acentuada no número de homens a partir de 35 anos de idade, é que até meados da década de 1990, muitos dos nossos jovens migravam para o Sudeste do país em busca de melhores condições de vida. No entanto, com a estabilização da economia e principalmente com a implementação de políticas públicas que equalizaram a redistribuição de renda no país, essa situação sofreu um revés e atualmente nossos jovens já não mais se deslocam tanto quanto antes para outras regiões em busca de emprego, basta observarmos que em Arara, na faixa etária compreendida entre os 15 aos 29 anos, há um equilíbrio entre o número de homens e mulheres, com uma ligeira vantagem para os primeiros.
Ainda de acordo com os dados do IBGE, no tocante à expectativa de vida, nesta cidade, o local onde se vive mais é na zona centro-leste compreendendo as Ruas Solon de Lucena, Gama Rosa, Padre Ibiapina, Bela Vista e adjacências, onde 81 pessoas já ultrapassaram a barreira dos 80 anos.
Ao contrário do que propaga o senso comum, em segunda posição com o maior número de octogenários, é na Rua Manoel Firmino de Medeiros, popularmente conhecida como Rua Verde, mais precisamente entre os moradores das 226 casas localizadas em toda sua extensão Norte, nas quais residem 748 pessoas, sendo que destas, 25 anciãos conseguiram transpor a barreira dos 80 anos de vida.
Assim sendo, nós é que podemos dizer... Rua verde... Ainda é bom viver aqui!!!
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